top of page

Você sabe onde as pragas se escondem na sua fábrica de alimentos para cães e gatos?

Conhecimento técnico é a chave para evitar prejuízos e contaminações.


 Em cada etapa da produção – do recebimento da matéria-prima até a expedição – há pontos críticos que, se negligenciados, podem favorecer a entrada, abrigo e proliferação de pragas como carunchos, traças, Necrobia rufipes, moscas, roedores e baratas.


Cada inseto possui requisitos específicos para sua proliferação. Conhecer esses fatores faz toda a diferença durante uma inspeção técnica em uma fábrica de alimentos para cães e gatos.


Por exemplo, o caruncho Oryzaephilus surinamensis e o Ahasverus advena têm uma exigência maior por umidade. Assim, a presença desses insetos pode indicar falhas no controle de umidade em algum ponto da fábrica, como infiltrações no telhado, goteiras ou acúmulo de água em áreas específicas.


O mesmo raciocínio se aplica à presença de psocópteros e ácaros. Muitas vezes, a umidade excessiva está relacionada a vazamentos em tubulações embutidas no piso ou na parede, ou ainda ao mau funcionamento do sistema de ar-condicionado, que, em vez de eliminar a umidade, acaba devolvendo-a ao ambiente interno. Isso cria microambientes ideais para a proliferação desses artrópodes, que posteriormente podem se espalhar por outras áreas da fábrica.


Por isso, o conhecimento aprofundado sobre as características e preferências de cada praga é uma atribuição essencial da equipe técnica responsável pelo controle de pragas na indústria.


Neste post, vou apresentar um fluxograma genérico das etapas de fabricação de alimentos para cães e gatos, destacando os principais artrópodes que costumam infestar esses ambientes.


Não abordarei, neste momento, os roedores e as baratas, que também são pragas frequentes nesse tipo de indústria. Esses temas podem ser tratados em outra oportunidade, a fim de manter o post mais objetivo e conciso.


Normalmente, os insetos que infestam esse tipo de indústria são conhecidos, nos Estados Unidos e em outros países, como SPI (Stored Product Insects), ou seja, insetos de produtos armazenados, como costumamos chamá-los por aqui.


Os mais recorrentes aqui no Brasil são:


·         Ahasveus advena – Coleoptera

·         Alphitobius diaperinus - Coleoptera

·         Besouros de fungos – Coleoptera

·         Besouros Dermestídeos– Coleoptera

·         Lasioderma serricorne – Coleoptera

·         Necrobia rufipes – Coleoptera

·         Oryzaephilus surinamensis – Coleoptera

·         Tribolium castaneum – Coleoptera

·         Tribolium confusum – Coleoptera

·         Corcyra cephalonica – Lepidóptera

·         Ephestia spp – Lepidóptera

·         Plodia spp – Lepidóptera

·         Psocópteros – Psocodea

·         Ácaros – Acari

 

Mapa do Processo Produtivo e os Principais Pontos de Vulnerabilidade à Infestação

  1. Recebimento da Matéria-Prima

o    Tombadores, moegas, silos de matéria-prima e armazéns de estocagem

o    Nesta etapa, as principais pragas são os carunchos que podem chegar com a matéria-prima já infestada. Por exemplo:

§  Nas leveduras, pode ocorrer a presença de Lasioderma serricorne;

§  Nos cereais, como o milho, podem ocorrer diferentes espécies de carunchos.

§  Ingredientes em pó, como palatabilizantes, também estão sujeitos à infestação por carunchos.


  1. Pré-limpeza e Pesagem

  2. Moagem

  3. Mistura

o    Nas três etapas do processo, é comum a ocorrência de infestações por traças dos cereais (Ephestia spp., Plodia spp.) e besouros do gênero Dermestes, devido ao acúmulo de pó gerado. Os besouros Dermestes possuem uma fase larval prolongada, com múltiplas ecdises, e as exúvias resultantes dessas ecdises são alergênicas para cães e gatos.

o    Além disso, infestações por carunchos também são frequentes, especialmente devido à dificuldade de higienização de estruturas em áreas elevadas e de equipamentos como redlers, roscas transportadoras e outros pontos de difícil acesso.


  1. Condicionamento e Extrusão

o    Nesta etapa ocorre o cozimento da massa sob altas temperaturas e pressão, o que, em geral, elimina qualquer tipo de artrópode, independentemente da fase de desenvolvimento — ovo, larva, pupa ou adulto.

o    A partir desse ponto, inicia-se um grande desafio: embora eventuais infestações anteriores sejam eliminadas durante a extrusão, isso não significa que as etapas anteriores possam ser negligenciadas.

o    O controle de pragas deve ser implementado de forma abrangente, em toda a fábrica, com o objetivo de mitigar riscos de contaminação cruzada entre setores e garantir a segurança do produto final.


  1. Secagem

o    Embora esta etapa envolva calor, já existe a possibilidade de infestação e contaminação do produto, principalmente por carunchos. Isso ocorre devido ao acúmulo de pó e resíduos finos nas estruturas onde os secadores estão instalados.

o    Portanto, é altamente recomendável que os gestores da fábrica e os técnicos da empresa de controle de pragas realizem inspeções minuciosas e frequentes, com o objetivo de identificar e eliminar precocemente possíveis focos de infestação.


  1. Revestimento / Engorduramento

  2. Resfriamento

o    Aplicação de óleos, palatabilizantes, antioxidantes e resfriamento do produto para prevenção de bolores.

o    Essas etapas são consideradas críticas, exigindo atenção especial à higienização dos equipamentos após o uso e à verificação de evidências de presença de insetos nas estruturas onde ocorrem esses processos.

o    Qualquer infestação nesse ponto pode resultar na embalagem do produto final já contaminado, com ovos, larvas ou até mesmo insetos adultos.


  1. Embalagem

o    Silos pulmão, redlers, elevadores de caneca, balanças, máquinas de ensaque, esteiras e seladoras.

o    Essa é uma das etapas mais críticas após a extrusão, pois qualquer infestação nos silos pulmão, redlers, elevadores de caneca ou sistemas de pesagem pode resultar na contaminação direta do produto ensacado. É nesse ponto do processo que frequentemente ocorre a contaminação cruzada, caso haja presença de insetos.

o    É essencial realizar inspeções detalhadas no interior dos equipamentos, especialmente nos redlers, silos pulmão e bases dos elevadores de caneca. Não pode haver qualquer sinal de infestação, pois pragas como Necrobia rufipes, Lasioderma serricorne e Tribolium spp. costumam ser encontradas nessas estruturas.

o    A natureza contínua da produção dificulta paradas regulares para limpeza e inspeção, o que favorece o fechamento do ciclo de vida dessas pragas antes que qualquer ação corretiva seja implementada. Por isso, o planejamento de janelas técnicas para manutenção preventiva e controle de pragas torna-se fundamental para garantir a integridade do produto final.

o    Outro ponto crítico é a integridade da selagem das embalagens. Qualquer falha nesse processo pode permitir a entrada de larvas ou adultos de Necrobia rufipes ou outros insetos durante o transporte, no centro de distribuição, no ponto de venda ou até mesmo na casa do consumidor.

o    Além disso, é fundamental avaliar se as válvulas aplicadas nas embalagens, bem como a presença de microfuros ou nanofuros, estão contribuindo para a entrada dessas pragas. Vale lembrar que as larvas de primeiro instar são extremamente pequenas e podem atravessar aberturas de apenas 0,20 mm de diâmetro, representando um risco significativo de infestação.


  1. Armazenagem do Produto Final

o    Paletização manual ou robotizada.

o    Um dos pontos frequentemente negligenciados, tanto em relação à limpeza quanto à inspeção, são as estruturas dos próprios equipamentos de paletização, além das eletrocalhas e dos painéis elétricos.

o    Além disso, os paletes devem ser inspecionados regularmente, garantindo que estejam em boas condições de uso e livres da presença de insetos, especialmente nas frestas da madeira.


  1. Expedição

o    Carga em caminhões a partir de docas elevadas.

o    Aqui o maior risco é a entrada de moscas e carunchos quando há algum tipo de revoada na área externa.

 

 

Eu posso ajudá-los com melhorias na gestão do controle de pragas.

 

Quer identificar com precisão os focos de infestação na sua fábrica e implementar um controle de pragas verdadeiramente eficaz?


Com base em inspeções técnicas detalhadas, ofereço um serviço completo que vai além do básico:


·         Inspeção minuciosa da planta industrial para identificar os focos ativos de infestação.


·         Identificação precisa das pragas presentes, com recomendações específicas conforme suas exigências biológicas e comportamentais.


·         Elaboração de um Programa de Controle de Pragas robusto, personalizado a partir das falhas estruturais e operacionais encontradas.


·         Treinamento prático e direcionado para os colaboradores da fábrica e para a empresa controladora de pragas, visando maior eficácia nas ações de controle.


·         Orientações estratégicas sobre as melhores práticas de prevenção, saneamento e escolha de inseticidas adequados para as pragas-alvo.


·         Acompanhamento técnico especializado, com foco em resultados consistentes e segurança do produto final.


Se você busca um controle de pragas realmente estratégico, integrado à rotina e às necessidades específicas da sua indústria, entre em contato comigo. Vamos conversar e construir juntos uma solução eficiente e duradoura.



 
 
 

Comments


Coruja_1  - TESTE.jpg

Atendemos em todo o Brasil

Icone_Linkedin.jpg
Icone_Whatsapp.jpg
Whatsapp_Tecpest_edited.jpg
  • Instagram

(16) 99167-6165

bottom of page